sexta-feira, 7 de março de 2008

Relapso

Os lapsos nos protegem.
Muitas vezes pensamos que nossos atos falhos servem apenas para nos fazer pagar grandes "micos", e vez por outra enrubescer.
Um desses atos falhos quase me impediu (eu quase me impedi) de viajar...
Contudo não poderia evitar o inevitável.
Um grande sofrimento...
Reencontrar aquilo que mais o feriu, que mais marcou, e ainda marca e fere.
Expectativas...
Frustações.
E perceber que não está nas suas mãos mas nas do outro.
E o outro é imprevisível e sempre fala por metáforas e sinais... todos falamos.
Não importa o que eu faça, isso em nada muda a situação ou a empolgação desse maldito outrem. Cantadas frouxas, cantadas sujas.
Frases soltas.
Casamento em 2020...
Eu bancando o palhaço.
A família reunida.
Festa, outras cantadas, outros olhares... atraente...(sem falsa modéstia).
Dia seguinte, agrados, presente... abraços, molemente se enlaçando em mim.
Nada.
Resisto.
A contra gosto.
Nem sei o que faço.
É muito feio alguém da minha idade chorar?
É um choro de fracasso, como perder a corrida... e eu tinha carro? estava na competição afinal?
Nada.
Adversários desconhecidos...
Sempre na volta final eu morro.
E desclassifico.

Sua indisponibilidade corrói minhas defesas... mais uma vez fiquei doente...
Fazendo o corpo pagar pela doença do coração.

2 comentários:

Sônia disse...

Poxa...que dureza!
E o corpo paga mesmo, mas depois passa.
Fica bem.


Um abraço!

R. disse...

O inferno... É a outra.

Não tem jeito.

And in the land of star crossed lovers
And barren hearted wanderers
Forever lost in forsaken missives and satan's pull
We seek the unseekable and we speak the unspeakable
Our hopes dead gathering dust to dust
In faith, in compassion, and in love